terça-feira, 29 de abril de 2008

Invadiram a esquadra

No jornal "CORREIO DA MANHÃ" de 29 Abril 2008 - 00h30 podiamos ler, sob o título ....

Moscavide - agente sozinho impotente para travar agressão

Invadiram a esquadra



Ontem estavam oito a nove agentes de serviço. Os dois carros-patrulha ficaram estacionados à porta da esquadra

Onze indivíduos, aparentando 18 a 20 e poucos anos, entraram de rompante na esquadra de Moscavide da PSP e agrediram um indivíduo de 20 anos que lá se refugiara.

Esta situação, inédita em Portugal, aconteceu pelas 17h00 de domingo quando naquela esquadra – a 35.ª do Comando Metropolitano de Lisboa – estavam dois cidadãos e apenas um agente, o chefe Igreja, que, estupefacto com o "movimento", não teve reacção.

"Empurraram-no [ao agente] e agrediram o rapaz que vinha apresentar queixa deles, que se escondeu debaixo de uma secretária quando os viu entrar", contou ao CM uma fonte policial, acrescentando que, após a agressão, os indivíduos abandonaram a esquadra e a vítima, que não quis apresentar queixa, seguiu-lhes o exemplo.

(.../...)

REACÇÕES

Situação ridícula

"Um polícia numa esquadra é ridículo. Não acontece em mais nenhum país da Europa", disse Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), recordando que esta situação era previsível e lembrando os alertas feitos ao Ministério para a necessidade de aumentar o número de efectivos.

Falta de agentes

Para o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP)a situação de Moscavide deve-se à falta de agentes e à impunidade de quem pratica estes actos.

Muito preocupante

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou "muito preocupante" que as esquadras não sejam consideradas um local seguro: "É extraordinário que um grupo de pessoas violentas ache que a autoridade em Portugal é tão frágil ou que está menos bem organizada, de modo que podem ir para dentro de uma esquadra agredir uma pessoa."

Sofia Rêgo

Foi com algum espanto que, quer como profissionais de polícia, quer como cidadãos escutámos nos OC’s a notícia que aqui reproduzimos.

Sabemos que, todos os dias quando saímos de casa para empreender mais um dia de trabalho ao serviço do Estado e da população, estamos sujeitos a sermos nós as próprias vítimas, no entanto, encaramos isso com naturalidade, pois abraçámos uma profissão que só o facto de vestirmos a farda, já nos coloca em perigo.

Sabemos que, na via pública, no mar ou num qualquer transporte público, estamos sujeitos às contingências do serviço, algumas delas inesperadas, nomeadamente quando aqueles que protegemos se viram contra o protector.

Mas sermos tomados de assalto no nosso “forte”, é caso para pensar! Onde está a tão famigerada reestruturação policial?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Detenções por crime de corrupção

(Comunicado da Polícia Judiciária)

2008/04/16
A Polícia Judiciária, no cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público, deteve quatro indivíduos por suspeita da prática de vários crimes de corrupção passiva e activa para acto ilícito, falsificação de documentos e peculato.
As detenções surgem na sequência de uma investigação iniciada há vários meses, a partir de uma denúncia efectuada pelas Autoridades Marítimas, relacionada com suspeitas de conivência entre pescadores que se dedicam à pesca ilegal no Rio Douro e elementos da Polícia Marítima e da Capitania do Porto do Douro que, a troco de contrapartidas monetárias, praticam actos contrários aos deveres do cargo.
No decurso da operação, ocorrida hoje de madrugada, com a participação de vários elementos da Polícia Judiciária e com a estreita colaboração da Marinha Portuguesa, foram realizadas mais de uma dezena de buscas em residências e em empresas, no decurso das quais foi apreendida diversa documentação relevante para a prova.
Os detidos irão ser presentes à autoridade judicial competente para primeiro interrogatório e eventual aplicação de medidas de coacção.
16 de Abril de 2008

Os nossos parabéns, à Polícia Judiciária e à Marinha Portuguesa.
Esperemos que seja o iniciar de uma nova ordem, onde as investigações sejam conduzidas por quem detém o poder e o conhecimento para tal.