Nada nos surpreendeu, mas ainda assim, face ao conteúdo dos comentários feitos no jornal semanário "EXPRESSO", no endereço que se transcreve, achámos por bem reproduzir a notícia.
http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/380524
"Há massagens e massagens", alega Reis Ágoas, da Autoridade Marítima do Sul. "Ninguém sabe como elas acabam". Por isso mesmo a técnica de relaxamento vai ser proibida nas praias algarvias. Paula Cosme Pinto | |||
Depois da proibição de prática de kite surf e windsurf na Ria Formosa, o Comando Marítimo do Sul volta à carga com uma nova interdição: as massagens nas praias algarvias estão proibidas porque "ninguém sabe como elas acabam". O Sindicato de Nacional de Massagistas de Recuperação (SIMAC) considera a situação "no mínimo caricata". Em declarações à TSF, Reis Ágoas, da Autoridade Marítima, frisou que esta técnica de relaxamento é "um perigo para a saúde pública", alegando que há "massagens e massagens", pelo que podem terminar em situações mais íntimas. "Surpreendida com tais argumentos", Maria de Jesus Garcia do SIMAC, considera que "para alguém pensar assim é porque alguma coisa já fez". Ao Expresso, a coordenadora do curso de massagem de recuperação do SIMAC disse ainda achar "totalmente despropositado invocar a massagem como um perigo para a saúde pública", considerando "caricato proibir uma técnica que nem sequer está regulamentada". A falta de regulamentação é precisamente o que mais preocupa o SIMAC, que ressalva: "neste momento qualquer pessoa pode fazer massagens, tendo ou não formação. É muito importante que os concessionários das praias tenham atenção redobrada às habilitações dos profissionais que contratam". Concessionários indignadosTambém em desacordo com a proibição estão os concessionários das praias do sul. Ao Observatório do Algarve, António Quina, que explora a praia da Terra Estreita, em Tavira, classificou de ridícula a nova interdição: "Este ano, o que nós estamos aqui a fazer é ilegal. É ridículo! É um atentado ao turismo em Portugal". António Quina defende ainda que "fazer massagens na praia não põe em causa a saúde pública, antes pelo contrário, é uma forma de promover a saúde pública, o lazer e o relaxamento". |