segunda-feira, 23 de junho de 2008

FALTA-NOS "MÃO DE OBRA"

Alteração à ordem pública, e agressões aos agentes da PSP que ocorreram à praia de Santo Amaro de Oeiras no passado dia 21 Junho, mereceram a atenção de diversos órgãos de comunicação social.

Os factos ali ocorridos, mereceram as mais variadas opiniões de diversos sectores da nossa sociedade, entre eles a própria ASPPM, que manifestou a carência de pessoal com que se debate a Polícia Marítima, bem como, a falta de coordenação entre as Forças de Segurança.

Das muitas questões colocadas e respondidas pela ASPPM aos diversos órgãos de comunicação social, extraímos a entrevista dada à SIC Notícias e aqui reproduzida.

Ao longo dos últimos dez anos, as actividades ligadas ao espaço ribeirinho cresceram em mais de 300%, e com elas uma população de consumidores nacionais e estrangeiros. Por outro lado, muitas autarquias em acompanhamento deste desenvolvimento, criaram infra-estruturas e acessos que as permeabilizaram.

Se bem que só isso, fosse por si suficiente para equacionar o aumento do Quadro da Polícia Marítima, tal não aconteceu, e em abono da verdade, não por culpa do Comando Geral, mas sim por falta de decisão política.

Existe outro factor de ponderação a que dedicamos especial atenção; o ratio carga horária/homem/semana, já que esta associação não concebe que os profissionais da PM, estejam sujeitos a um horário desumano, que afecte o equilíbrio físico e psicológico para o desempenho da sua missão.

Daí entendemos que, partindo da carga horária que a Lei estabelece, - 36 horas semanais -, e de quantos homens são necessários para preencher o serviço num período de 24 horas, recorremos à seguinte fórmula:

NH=D.Sm/Ms

Sendo que,

NH= X (Nº de homens necessários)

D=24 (horas do dia que um determinado serviço tem de ser assegurado)

Sm=7 (dias da semana)

Ms=36 (média de horas semanais de cada homem)

Com base nos cálculos por nós realizados, apurámos que teríamos que dispor de 2352 efectivos.

Resta acrescentar que estes números foram encontrados tendo por base a dimensão da nossa área, mas não menos importante, o binómio de homens necessários aos serviços para levarem a cabo a sua missão.