Os principais sindicatos dos serviços e forças de segurança decidiram realizar a 14 de Dezembro uma concentração em frente à residência do primeiro-ministro para manifestarem preocupação com o «desinvestimento» previsto para o sector no próximo ano, de acordo com a agência Lusa.
A Comissão
Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos
Profissionais
das Forças e Serviços de Segurança quer sensibilizar
José Sócrates para os problemas que as medidas de austeridade podem
causar
na segurança pública.
O secretário nacional da
CCP, Paulo Rodrigues, disse que a estrutura, de que fazem parte os
sindicatos
e associações mais representativos do sector da
segurança interna, entregou no início do mês ao chefe do Governo uma
moção,
na qual alertava para o «desinvestimento no sector e
pedia uma reunião a José Sócrates».
Paulo Rodrigues lamentou que
o primeiro-ministro tenha encaminhado os sindicatos para os respectivos ministérios.
«A
CCP solicitou a reunião ao
primeiro-ministro precisamente devido à ausência de
diálogo construtivo e da falta de competência dos diversos ministérios
que tutelam as forças e serviços de segurança para
responder», adiantou, justificando que ao nível das Finanças «não têm
capacidade
para alterar o orçamento».
Nesse sentido, os
principais sindicatos dos serviços e forças de segurança voltam a apelar
ao chefe do Governo para os receber e decidiram
realizar a 14 de Dezembro uma concentração em frente à residência
oficial
do primeiro-ministro, em Lisboa, para sensibilizar
José Sócrates para os problemas do sector.
«A segurança pública
em Portugal vai ficar mais pobre em 2011 e mais
parecida com o passado», disse Paulo Rodrigues, acrescentando que a CCP
vai
desenvolver outras acções de protesto caso os seus
representantes não sejam recebidos por Sócrates.
O ministro da
Administração
Interna, Rui Pereira, já garantiu, no Parlamento, que
haverá dinheiro para o pagamento dos salários na PSP em 2011.