sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Segurança: concentração à porta de Sócrates
Os principais sindicatos dos serviços e forças de segurança decidiram realizar a 14 de Dezembro uma concentração em frente à residência do primeiro-ministro para manifestarem preocupação com o «desinvestimento» previsto para o sector no próximo ano, de acordo com a agência Lusa.
A Comissão
Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos
Profissionais
das Forças e Serviços de Segurança quer sensibilizar
José Sócrates para os problemas que as medidas de austeridade podem
causar
na segurança pública.
O secretário nacional da
CCP, Paulo Rodrigues, disse que a estrutura, de que fazem parte os
sindicatos
e associações mais representativos do sector da
segurança interna, entregou no início do mês ao chefe do Governo uma
moção,
na qual alertava para o «desinvestimento no sector e
pedia uma reunião a José Sócrates».
Paulo Rodrigues lamentou que
o primeiro-ministro tenha encaminhado os sindicatos para os respectivos ministérios.
«A
CCP solicitou a reunião ao
primeiro-ministro precisamente devido à ausência de
diálogo construtivo e da falta de competência dos diversos ministérios
que tutelam as forças e serviços de segurança para
responder», adiantou, justificando que ao nível das Finanças «não têm
capacidade
para alterar o orçamento».
Nesse sentido, os
principais sindicatos dos serviços e forças de segurança voltam a apelar
ao chefe do Governo para os receber e decidiram
realizar a 14 de Dezembro uma concentração em frente à residência
oficial
do primeiro-ministro, em Lisboa, para sensibilizar
José Sócrates para os problemas do sector.
«A segurança pública
em Portugal vai ficar mais pobre em 2011 e mais
parecida com o passado», disse Paulo Rodrigues, acrescentando que a CCP
vai
desenvolver outras acções de protesto caso os seus
representantes não sejam recebidos por Sócrates.
O ministro da
Administração
Interna, Rui Pereira, já garantiu, no Parlamento, que
haverá dinheiro para o pagamento dos salários na PSP em 2011. segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Confusão. Entidades atropelam-se na fiscalização no mar
GNR, Polícia Marítima e Marinha não trocam informações e há tarefas sobrepostas. Despesas podiam ser reduzidas
Durante
a Cimeira da NATO, em Lisboa, uma embarcação da Marinha tentou
fiscalizar uma lancha da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR que
saía do Porto de Lisboa para... fiscalização de pescadores. O episódio,
caricato, trouxe à discussão o problema de quem fiscaliza o quê no
espaço das 12 milhas náuticas (cerca de 23 quilómetros da costa).
"Há uma completa confusão e duplicação e triplicação de tarefas no mar. Em tempos de contenção de despesas este tipo de actuação deveria ser repensada. Não há explicação para esta falta de colaboração. Apenas é certo que fora das 12 milhas a tarefa cabe à Marinha", explica Paulo Rodrigues, secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP).
César Nogueira, recém-eleito presidente da Associação dos Profissionais da GNR (APG/GNR), concorda: "Não há troca de informação, nem de coordenação entre chefias e acontece que se chega ao ridículo de estar a Marinha, Polícia Marítima e GNR a fazer o mesmo trabalho no mar [no espaço das 12 milhas]." A opinião corroborada por Jorge Veludo, presidente da Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima: "Não há articulação de esforços entre as duas forças. Por vezes estamos no mar a fazer o mesmo tipo de fiscalização."
No panorama actual, a Polícia Marítima tem um corpo de cerca de 550 efectivos e 75 meios navais. Já a UCC da GNR tem cerca de 300 homens para 12 lanchas. "Falta uma gestão racional de efectivos. Num tempo em que tanto se fala de melhorar a eficácia e reduzir custos não se entende que a vigilância no mar seja feita por três forças. Os esforços deveriam ser planeados e coordenados. Num País tão pequeno como o nosso isto não faz sentido", diz Paulo Rodrigues. "Há pescadores que, no mesmo dia, podem ser fiscalizados pelas três autoridades", afirma César Nogueira, da APG/ GNR.
"Cada lancha da UCC gasta de 30 a 40 litros de combustível por hora. Faz algum sentido uma corveta da Marinha com 200 homens a bordo proceder à fiscalização de um local de trabalho como uma traineira o é? Além dos problemas legais que pode levantar, o dispêndio de dinheiro em combustível é imenso. Os meios da Marinha são desproporcionais", diz fonte da /GNR .
Paulo Rodrigues acredita que a solução está nas mãos de Mário Mendes, secretário-geral da Segurança Interna. "É preciso alguém que dê um murro na mesa e que dê orientações acerca de quem faz o quê, onde e de que forma se podem articular forças", aponta Paulo Rodrigues.
Fonte do gabinete de Mário Mendes disse ao DN desconhecer a falta de coordenação entre as estruturas que vigiam e fiscalizam o mar português. "No ponto de vista formal nunca recebemos sequer uma nota para esclarecer essa situação."
"Há uma completa confusão e duplicação e triplicação de tarefas no mar. Em tempos de contenção de despesas este tipo de actuação deveria ser repensada. Não há explicação para esta falta de colaboração. Apenas é certo que fora das 12 milhas a tarefa cabe à Marinha", explica Paulo Rodrigues, secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP).
César Nogueira, recém-eleito presidente da Associação dos Profissionais da GNR (APG/GNR), concorda: "Não há troca de informação, nem de coordenação entre chefias e acontece que se chega ao ridículo de estar a Marinha, Polícia Marítima e GNR a fazer o mesmo trabalho no mar [no espaço das 12 milhas]." A opinião corroborada por Jorge Veludo, presidente da Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima: "Não há articulação de esforços entre as duas forças. Por vezes estamos no mar a fazer o mesmo tipo de fiscalização."
No panorama actual, a Polícia Marítima tem um corpo de cerca de 550 efectivos e 75 meios navais. Já a UCC da GNR tem cerca de 300 homens para 12 lanchas. "Falta uma gestão racional de efectivos. Num tempo em que tanto se fala de melhorar a eficácia e reduzir custos não se entende que a vigilância no mar seja feita por três forças. Os esforços deveriam ser planeados e coordenados. Num País tão pequeno como o nosso isto não faz sentido", diz Paulo Rodrigues. "Há pescadores que, no mesmo dia, podem ser fiscalizados pelas três autoridades", afirma César Nogueira, da APG/ GNR.
"Cada lancha da UCC gasta de 30 a 40 litros de combustível por hora. Faz algum sentido uma corveta da Marinha com 200 homens a bordo proceder à fiscalização de um local de trabalho como uma traineira o é? Além dos problemas legais que pode levantar, o dispêndio de dinheiro em combustível é imenso. Os meios da Marinha são desproporcionais", diz fonte da /GNR .
Paulo Rodrigues acredita que a solução está nas mãos de Mário Mendes, secretário-geral da Segurança Interna. "É preciso alguém que dê um murro na mesa e que dê orientações acerca de quem faz o quê, onde e de que forma se podem articular forças", aponta Paulo Rodrigues.
Fonte do gabinete de Mário Mendes disse ao DN desconhecer a falta de coordenação entre as estruturas que vigiam e fiscalizam o mar português. "No ponto de vista formal nunca recebemos sequer uma nota para esclarecer essa situação."
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Comissão Coordenadora Permanente - CCP
Encontro Nacional 4Nov/14h30
A Comissão Coordenadora Permanente vai organizar um Encontro Nacional para debater os reflexos do Plano de Austeridade e os reflexos que irá ter nas Forças de Segurança.
sábado, 16 de outubro de 2010
Forças de segurança na manifestação de dia 6 contra medidas de austeridade

A decisão resultou da reunião de hoje da Comissão Coordenadora
Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das
Forças e Serviços de Segurança, em que foi analisado o plano de
austeridade e os reflexos para o sector.
A CCP, de que fazem parte os sindicatos e associações mais representativos do sector da segurança interna, manifestou-se “frontalmente contra” o plano de austeridade, tendo para tal decidido participar na manifestação de 6 de Novembro, convocada pela frente comum da função pública.
Para 24 Novembro, dia da greve geral, a CCP vai apelar aos profissionais dos serviços e forças de segurança para que desenvolvam acções preventivas e só em situações limites adoptem uma atitude repressiva. “Vamos pedir para que tenham uma atitude pedagógica e privilegiem exageradamente a prevenção, sem pôr causa a segurança dos cidadãos, e que só utilizem a repressão em casos mesmo necessário”, disse à agência Lusa Paulo Rodrigues, secretário nacional da CCP.
Sobre a possibilidade da Guarda Prisional, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), estruturas que fazem parte da CCP e têm direito à greve, aderirem à paralisação de dia 24, Paulo Rodrigues adiantou que tal decisão será anunciada a 4 de Novembro num encontro nacional de dirigentes e delegados dos serviços e forças de segurança.
O secretário nacional da CCP afirmou que “há um descontentamento generalizado ao nível das várias forças e serviços de segurança”. “Não faz sentido que as medidas de austeridade se apliquem aos profissionais dos vários serviços e forças de segurança. São políticas que prejudicam os profissionais, mas também o funcionamento das instituições”, sustentou, adiantando que pode estar “em causa a segurança do país”.
Para Paulo Rodrigues, que é também presidente do maior sindicato da PSP, os serviços e forças de segurança “estão a trabalhar no limite”, bem como as instituições, o que é “extremamente preocupante”.
“As várias forças e serviços de segurança estão a fazer um caminho de retrocesso, parece que há uma tentativa deste Governo em obrigarem os polícias a serem polícias do passado”, disse ainda.
Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
A CCP, de que fazem parte os sindicatos e associações mais representativos do sector da segurança interna, manifestou-se “frontalmente contra” o plano de austeridade, tendo para tal decidido participar na manifestação de 6 de Novembro, convocada pela frente comum da função pública.
Para 24 Novembro, dia da greve geral, a CCP vai apelar aos profissionais dos serviços e forças de segurança para que desenvolvam acções preventivas e só em situações limites adoptem uma atitude repressiva. “Vamos pedir para que tenham uma atitude pedagógica e privilegiem exageradamente a prevenção, sem pôr causa a segurança dos cidadãos, e que só utilizem a repressão em casos mesmo necessário”, disse à agência Lusa Paulo Rodrigues, secretário nacional da CCP.
Sobre a possibilidade da Guarda Prisional, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), estruturas que fazem parte da CCP e têm direito à greve, aderirem à paralisação de dia 24, Paulo Rodrigues adiantou que tal decisão será anunciada a 4 de Novembro num encontro nacional de dirigentes e delegados dos serviços e forças de segurança.
O secretário nacional da CCP afirmou que “há um descontentamento generalizado ao nível das várias forças e serviços de segurança”. “Não faz sentido que as medidas de austeridade se apliquem aos profissionais dos vários serviços e forças de segurança. São políticas que prejudicam os profissionais, mas também o funcionamento das instituições”, sustentou, adiantando que pode estar “em causa a segurança do país”.
Para Paulo Rodrigues, que é também presidente do maior sindicato da PSP, os serviços e forças de segurança “estão a trabalhar no limite”, bem como as instituições, o que é “extremamente preocupante”.
“As várias forças e serviços de segurança estão a fazer um caminho de retrocesso, parece que há uma tentativa deste Governo em obrigarem os polícias a serem polícias do passado”, disse ainda.
Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
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