terça-feira, 6 de maio de 2008

Alípio Ribeiro vai abandonar direcção, diz imprensa


Alípio Ribeiro pode estar de saída da direcção da PJ, um ano antes de terminar o mandato, por causa do excesso de politização dentro e fora da Judiciária e por cansaço pessoal. Entretanto, António Vitorino considerou as declarações de Alípio Ribeiro como «imprudentes» e incómodas.

Alípio Ribeiro pode estar de saída da direcção da Polícia Judiciária, depois das declarações que proferiu segunda-feira terem levado a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) a pedir a sua demissão.

O pedido da ASFIC surgiu após Alípio Ribeiro ter sugerido, em entrevista ao Diário Económico de segunda-feira, como hipótese de trabalho a passagem da PJ para a tutela do Ministério da Administração Interna.

De acordo com o Diário Económico desta terça-feira, as críticas que a entrevista desencadeou ao longo do dia funcionaram como gota de água para a saída de Alípio Ribeiro, que ao final do dia era dada como praticamente certa.

No entanto, desde o início do ano que a liderança do ainda Director Nacional da PJ dava sinais de desgaste, sendo que a investigação sobre o desaparecimento de Madeleine McCain minou o seu mandato, sobertudo quando admitiu, em Fevereiro, que a decisão de constituir os pais da criança inglesa arguidos foi precipitada.

Alípio Ribeiro, cujo mandato terminava em Março de 2009, sairá um ano antes do previsto por causa do excesso de politização dentro e fora da PJ e por cansaço pessoal, escreve o Diário Económico.

O magistrado do Ministério Público aguarda apenas que o novo enquadramento legislativo da investigação criminal se torne realidade, apurou o Diário de Notícias junto de fonte governamental.

Para tal, falta apenas a aprovação do diploma na Assembleia da República, marcada para esta quarta-feira, e a avaliação do Presidente da República, Cavaco Silva.

O DN desta terça-feira avança ainda que a saída do Director Nacional será concertada com o ministro da Justiça, já que Alípio Ribeiro e Alberto Costa são amigos há vários anos e querem que o processo decorra a bem para evitar o cenário de ruptura que marcou a demissão do antigo director Santos Cabral em 2006.

Entretanto, esta segunda-feira, em declarações na RTP, António Vitorino classificou como «imprudentes» e incómodas as declarações de Alípio Ribeiro sobre uma eventual passagem da PJ para a tutela da Administração Interna.

«Acho que está a colocar um embaraço ao ministro da Justiça», disse o socialista, criticando ainda o facto de Alípio Ribeiro, enquanto «director operacional, vestir a pele de analista».

«A questão essencial que ele coloca, e que é muito séria, não se resolve com um passo de mágica, porque as informações não são trocadas entre as policias através de um ministro», acrescentou.

( 07:48 / 06 de Maio 08 )

Sem querermos ferir as susceptibilidades dos nossos camaradas da PJ, houve algo nas declarações deste magistrado que gostámos de ouvir.

Um Ministério para todas as Polícias.

Mas será que também incluiriam a PM, ou isso é TABU.

Como seria? Vivermos sem um Comando por inerência. Sem que outros decidissem que meios a adquirir para a PM, etc, etc.

Mas enquanto isso não acontecer, continuemos apenas a imaginar.


3 comentários:

Anónimo disse...

Efectivamente, concordo com o Director Nacional da PJ. Um Ministério para todos os OPC's seria a forma de haver controlo e partilha de informação, criando cinergias entre as várias policias. Aí a figura de uma Autoridade para a Segurança Interna faria todo o sentido, coordenando os esforços para um melhor combate às novas formas de criminalidade. Se isso seria o bastante? Não o posso afirmar de fonte segura. Mas basta ver a pequena rivalidade que existe entre a PSP e a GNR que obsta a partilha de informação que poderia ser fundamental à resolução de alguns processos crime. Por outro lado, não havendo coordenação, coninuarão a acontecer episódios infelizes como o da perseguição pela PM, de uma lancha rápida no rio tejo, à noite e em ocultação de luzes, em que após iniciados vários procedimentos com equipas em viaturas descaracterizadas e uma Lancha PM, ao longo de várias milhas, se verificou no final, tratar-se apenas de uma Patrulha da Brigada Fiscal. Quantos mais desperdícios de meios, material e efectivos serão necessários, para que alguém veja que da forma como a segurança interna está estruturada, simplesmente não funciona?

Anónimo disse...

Finalmente um Director da PJ com eles no sitio!
Só que já arrumou as malas... chamou os bois pelo nome e lá vai de viagem,já está a encomudar o sistema à que despacha-lo rapidamente...
Infelizmente não é só na PM que isto acontece.

Megavles

Anónimo disse...

rir rir rir