quinta-feira, 8 de julho de 2010

Coordenação entre PSP e Polícia Marítima é "deficiente" - Comissão Coordenadora Permanente

Margarida Cotrim

"Lisboa, 08 jul (lusa) - O secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança considerou hoje "deficiente" a coordenação e cooperação entre a PSP e a Polícia Marítima nas praias.
Paulo Rodrigues disse à agência Lusa que é preciso desenvolver uma "coordenação eficaz" entre a PSP e Polícia Marítima (PM), nomeadamente nas intervenções que se fazem nas praias.
A cooperação entre as forças de segurança e a PM foi uma das questões colocadas na reunião entre o secretário geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, e uma delegação do CCP, estrutura que congrega os sindicatos e as associações profissionais mais representativas dos serviços e forças de segurança.
Paulo Rodrigues, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), adiantou que a coordenação entre a PSP e a PM é "neste momento muito deficiente", ao contrário do que acontece com a Polícia Judiciária, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
"Por uma questão quase cultural ou de tradição não se faz essa cooperação" entre a PSP e a PM, sustentou.
Coordenação que "tem que existir" nos dias de hoje, uma vez que segundo o sindicalista, as duas polícias têm que atuar em conjunto devido aos "poucos recursos humanos" da PM para "garantir o policiamento eficaz das praias".
De acordo com Paulo Rodrigues, a área de intervenção da PM é no areal da praia, atuando a PSP apenas quando é chamada, o que tem acontecido "sempre" ultimamente porque a PM "não tem o efetivo suficiente para ocorrer a uma situação mais grave".
Daí, sustentou, "é importante que a PSP e a PM quando têm que intervir em conjunto possam fazê-lo de forma coordenada, mais à vontade e com mais confiança".
O presidente da CCP considerou ainda que se registou "uma evolução muito importante" ao nível da troca de informação, articulação e cooperação entre os diferentes serviços e forças de segurança, mas defendeu que é preciso "melhorar".
A CCP integra a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) e Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASF-ASAE).
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo ortográfico ***"

4 comentários:

Anónimo disse...

Deficente é a falta de pessoal que nós temos... isso sim é deficiente, continuar a fazer serviços sem fim e com mil e uma missões e pessoal nem ver... Metam é mais pessoal no quadro, ou então acabem de vez com a PM, porque andarmos a fazer de conta que somos policias se calhar já chega...

FANAN

Billy the Boy disse...

Vejam o comentário que encontrei neste site http://www.publico.pt/Local/policiamento-na-linha-de-cascais-reforcado-mas-ate-agora-a-psp-so-recebeu-tres-queixas_1445791

É lamentável, é miserável este cenário a que assistimos neste momento no que respeita à segurança dos cidadãos e à ordem social.Também já me apercebi que, salvo as respeitosas excepções, uma boa parte dos profissionais de polícia manifestam-se pouco motivados, não demonstram atitudes proactivas enquanto profissionais que tem por objectivo de manter a ordem social e, muitas vezes são desleixados.Aquilo que eu espero enquanto cidadão é ver que os polícias estão dotados de formação adequada, são em número adequado e são seleccionados de forma adequada para tal profissão que é muito exigente. Já tenho reparado que os critérios e selecção por vezes não foram os melhores. Perderam-se muitos e bons profissionais de panificação e escriturários, etc. (com o devido respeito por estas profissões), em detrimento de maior número de polícias. Importa ter número sim, mas sem esquecer a qualidade.Esta questão da falta de segurança na praia do Tamariz leva-me a pensar mais uma vez na polícia marítima. A polícia marítima faz grande questão em não ser confundida com os militares da marinha (e muito bem), mas vem o verão e aí estão eles praticamente por toda a costa a fazer parelha com militares da ...
marinha que se apresentam com uniformes esquisitos. É uma mistela que não se entende, alguns militares uniformizam com roupas com dizeres de “I.S.N.” de um lado e “Fuzileiros” do outro. Mas afinal isto é o quê??? Onde estamos nós??? Estamos nós em guerra, a ponto de fazer múltiplo e indevido uso de profissionais sem formação específica???... há locais onde este militares, sozinhos, fazem patrulhas no âmbito de acções policiais, usando meios da policia marítima… isto não será usurpação de funções???? … é o autêntico vale tudo para enganar o povo, para que o povo ignorante pense que está seguro..NÃO ESTÁ!!!... estes indivíduos a que me refiro não tem qualquer formação em salvamento, nem são polícia!!!...porque fazem parelha com os policias??? Mas isto é o “vale tudo”, lol.Por outro lado a resolução de problemas de ordem pública num contexto do que aconteceu no Tamariz tem de ser resolvida pela PSP ou GNR. Que se saiba, a polícia marítima não está preparada para lidar com estas questões. Por muita boa vontade que eles tenham, eles queixam-se que não dispõem pessoal suficiente par garantir um óptimo policiamento e, nesta época não têm vida pessoal, dado que de cada vez que algo dest
deste género vem a público, as ordens são: “colocar pessoal nos locais onde as câmaras vão estar”, mesmo com prejuízo do seu período de descanso. Estes últimos acontecimentos verificados na praia do Tamariz e nos comboios são apenas uma pequena amostra da realidade das polícias e, tiveram algum impacto porque as televisões mostraram alguma coisa.Aparentemente a segurança das pessoas e a ordem pública só se baseiam em números. Ora como todos sabemos, a polícia não pode estar à espera que o crime ou a desordem social aconteça para agir posteriormente.A solução possível para toda esta barafunda consiste na unificação das polícias. Acabam-se os problemas derivados das burocracias; falta de entendimento entre policias; falta de uniformização de procedimentos policiais e reduzem-se os gastos, logo, o povo ganha na segurança e poupa nos impostos.Encontrei isto no youtube (vejam o que fizeram à lancha da polícia marítima).vejam isto: (...) Alguém viu isto? Quem foi?
uma vez que as regras não permitem a colocação de links, pesquisem no youtube: "Polícia Marítima Porto enxovalhada" e vejam o primeiro vídeo...

Anónimo disse...

Falta de coordenação, em meu entender implica que haja algo para coordenar. Não me parece que com tão poucos elementos da PM no Comando Local de Cascais, haja possibilidade de coordenação com a PSP, ou com quem quer que seja. Porque Cascais para a PM, não é só praias, é pesca desportiva, pesca profissinal, nautica de recreio, etc. E quatos agentes prestam serviço em Cascais???, Agentes da PM, não falo de militares, ISN, faroleiros, troço de mar, etc, apenas agentes da PM??? Esses numeros é que seria interessante conhecer. Assim como o numero de Km's patrulhados por esses agentes, o numero de conseções de praia, o numero medio de banhistas nesta altura do ano, a quantidade de embarcações de recreio e pesca que passam por Cascais nesta altura do ano, etc. Com certeza chegariamos a numeros interessantes e importantes para esclarecer quem critica a actuação da PM. É uma sugestão para a ASPPM, para que possamos ficar todos bem esclarecidos, inclusive a comunicação social, seriam numeros interessantes não só neste local, mas noutros que nesta altura do ano estão lotados de banhistas, e completamente desprotegidos no que à PM diz respeito.
Já agora e porque este assunto parece remetido ao esquecimento, gostaria de saber a carga horaria dos agentes da PM de Cascais.

KYDD

Anónimo disse...

É notório que se verifica urgente por parte do governo tomada de posição a este descalabro a que estão votadas as Policias e política adoptada para a segurança interna.
A meu ver, seria útil e legítimo que pelo menos houvesse mais comunicação e articulação entre Forças Policiais, para isso obviamente se torna necessário um alargamento do quadro, aumento de efectivos, e quiçá o tão "comentado" desvínculo do MDN, e a integração desta Força Policial no Ministério que lhe é legítimo.
Quanto à sua Hierarquia, indubitavelmente tem que se verificar a existência de Oficiais de Policia, legalmente formados e credenciados.