sábado, 6 de junho de 2009

Atitude da GNR na fiscalização do mar irrita Armada

MANUEL CARLOS FREIRE
DIÁRIO DE NOTICIAS


Guarda Nacional Republicana fez declaração de aparente auto-suficiência relativamente aos militares em matéria de fiscalização do mar, cuja complexidade levou à criação de um Centro Coordenador Marítimo que funciona há ano e meio.
A posição de aparente auto-suficiência da GNR em matéria de fiscalização marítima, que envolve uma dúzia de entidades diferentes, deixou ontem a Armada particularmente irritada, segundo fontes ouvidas pelo DN.
O porta-voz da Marinha, comandante João Barbosa, escusou--se a fazer quaisquer comentários sobre o estado de alma dos responsáveis do ramo. "A Armada precisa da GNR e reafirma que todas as organizações [agrupadas no Centro Nacional Coordenador Marítimo (CNCM)] têm responsabilidades na fiscalização do mar", enfatizou o oficial, sem se querer alongar.
Na edição de ontem do DN, e tendo por base um artigo onde se revelava a inoperacionalidade de cinco dos sete radares de monitorização da costa a carga da GNR, o porta-voz da desta força de segurança declarou: "Os nossos meios são suficientes e temos tido grande sucesso na apreensão de pescado ilegal".
Questionado especificamente sobre essa afirmação - e o que ela não diz sobre o papel da GNR no combate ao terrorismo ou tráfico de droga (entre outros) -, João Barbosa respondeu: "Não interpretamos bem nem mal. Precisamos de todos e, para isso, existe o CCNM."
A par da Armada e Força Aérea, têm assento no CCNM a PJ, a GNR, a ASAE, o SEF, a Autoridade de Saúde Nacional, a Direcção-Geral das Alfândegas e Impostos Especiais sobre o Consumo, o Instituto da Água, a Autoridade Nacional de Protecção Civil, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e, ainda, a Direcção-Geral das Pescas e Agricultura.
O CCNM foi criado no fim de 2007 e reuniu pela primeira vez em Janeiro de 2008. Situado em Oeiras, junto do Centro de Operações Marítimas (COMAR), esse órgão visa articular a acção daqueles órgãos com intervenção no espaço marítimo - e favorecer a troca de informações entre essas entidades, num ambiente pós-11 de Setembro onde a identificação dessa lacuna foi uma das chamadas "lições aprendidas" da tragédia.
Em pano de fundo, assinalaram outras fontes militares, está a luta de competências entre Marinha e GNR - força que se quer assumir como uma verdadeira Guarda Costeira. Para a Armada, cujos responsáveis dizem há anos liderar "uma Marinha de duplo uso", a propostas carece de sentido por, entre outras razões, exigir duplicação de meios navais e grandes custos financeiros acrescidos num "país que não é rico".
Com ironia, uma das fontes observou que "a GNR, até há poucos anos, não tinha lanchas, e as que tem agora já estariam paradas se não fosse o Arsenal do Alfeite"a repará-las - comentário que traduz também o receio, há muito latente nas Forças Armadas, de serem "consideradas dispensáveis" por haver uma GNR que "até cumpre missões" militares no Iraque.
Outro elemento, recente, de tensão terá sido o da admissão, pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, juiz Mário Mendes - que almoça segunda-feira com o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Melo Gomes, soube o DN -, de recorrer aos militares para reforçar a GNR na segurança da costa, face à paralisia dos seus radares (sem solução a curto prazo), dada "a sensibilidade da fronteira marítima no que toca a ameaças à segurança nacional".

domingo, 31 de maio de 2009

"Descoordenação entre MAI e Defesa”



"CORREIO DA MANHÃ" 31 Maio 2009 - 00h30
Entrevista: General Garcia Leandro

"Descoordenação entre MAI e Defesa”

General Garcia Leandro, no balanço da presidência do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, aponta falhas.
Correio da Manhã – Estudos de opinião divulgados pelo OSCOT nestes dois anos mostram sentimento de insegurança dos portugueses.
Garcia Leandro – Notou-se nos últimos anos grande aumento do crime organizado: tráfico de pessoas, exploração da imigração, tráfico de droga. Em 2007, a maior preocupação das pessoas eram os crimes contra o património. Em 2008 e 2009, era maior a preocupação com o crime violento e económico. E há a salientar ainda a falta de confiança nos tribunais.
– O MAI toma as medidas certas?
– São medidas estratégicas correctas. Mas as reformas estruturais demoram a produzir efeitos, é preciso formar pessoas, comprar material, fazer obras, etc.
– Como avalia o trabalho do secretário-geral de Segurança Interna?
- O juiz Mário Mendes foi a escolha certa. E falou recentemente da necessidade de pôr as Forças Armadas a vigiar a costa. Força Aérea, Marinha e forças de segurança devem trabalhar em conjunto. O mar não tem barreiras, não podemos criar barreiras artificiais à aplicação dos meios que temos.
– É essa a reforma que falta?
– Falta adequar o pensamento sobre segurança ao novo paradigma com que estamos confrontados. Falta coordenação entre Defesa e Administração Interna. Têm de trabalhar juntas, até para não dispersarmos recursos. A ameaça externa tem de ser entendida de outra forma. Falta visão de conjunto.
PERFIL
General Garcia Leandro, 65 anos, foi governador de Macau (1974/79) e director do Instituto da Defesa Nacional (2001/04).
José Carlos Marques

domingo, 24 de maio de 2009

Baleado em assalto foi deixado à porta do hospital



Baleado em assalto foi deixado à porta do hospital

Agente da Polícia Marítima e vizinhos tentaram travar grupo que roubava máquina de tabaco em café da Maia.
Um agente da Polícia Marítima alvejou um dos quatro assaltantes de um café, junto à sua casa, sábado de madrugada, em Moreira da Maia. A vítima, de 22 anos, foi atingida na cabeça quando seguia na bagageira do carro, mas está livre de perigo.
Tudo aconteceu por volta das 05.15 horas, na Travessa Manuel Baptista daquela freguesia do concelho da Maia, numa zona em que os assaltos têm sido frequentes (ver caixa). Desta vez, o alvo foi a confeitaria "Raio de Sol".
Ainda o sol não nascera, quando quatro assaltantes, deslocando-se num Opel Astra, furtado na cidade do Porto, deitaram abaixo a montra do estabelecimento. Queriam a máquina do tabaco e a máquina registadora e ainda conseguiram tirá-las de dentro da confeitaria para o passeio da rua.
"Ouvimos um estrondo enorme", afirmou Sara Castro, uma vizinha do café, que dormia com o marido. Sem nunca abrir a janela, Sara ainda ouviu os assaltantes ameaçarem: "Vai tiro, vai tiro..."
Se tivesse espreitado, Sara ficaria ainda mais assustada, porque, entretanto, com tanto estrondo, os assaltantes acabaram por acordar todos os vizinhos, muitos dos quais foram à janela. Alguns fizeram mais do que ver e começaram a ameaçar os assaltantes. Um chegou até a atirar um vaso para cima deles.
Mas foi a intervenção de um outro, agente da Polícia Marítima, que acabou por precipitar a fuga dos ladrões. Aos vários gritos de "Polícia, parem", o agente teve como resposta: "Vai tiro". Ao que o JN apurou, o polícia terá ainda efectuado vários disparos para o ar, mas quando se apercebeu de que os assaltantes iam fugir terá efectuado pelo menos um disparo na direcção do veículo. "Ouvimos quatro ou cinco tiros", afirma Sara Castro.
Com a pressa, alguns dos fugitivos apenas tiveram tempo para se empoleirarem na bagageira e arrancar com a porta aberta. Um deles, de 22 anos, residente, na vizinha freguesia de Pedrouço, foi atingido na cabeça. Testemunhas dizem que o carro parou uns metros à frente, possivelmente para fecharem a porta da bagageira.
Quinze minutos mais tarde, o 112 recebeu um pedido de assistência para a estação de táxis do Hospital de S. João, no Porto. Um jovem com um ferimento de bala na cabeça tinha sido abandonado na praça, ainda consciente. À hora do fecho desta edição, estava internado no serviço de Cuidados Intermédios e livre de perigo.
Fonte policial adiantou que o grupo já terá antecedentes por furto. Os restantes elementos encontram-se em fuga. O carro usado no assalto foi recuperado.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Policias ameaçam voltar aos protestos

Segurança
21-01-2009 16:02

Policias ameaçam voltar aos protestos

Associações e sindicatos de 5 forças e serviços de segurança, ameaçam regressar aos protestos de rua, caso o Governo não resolva várias reivindicações que se arrastam.


Para o próximo dia 27, está marcada uma reunião entre estruturas da PSP, da GNR, do SEF, da Guarda Prisional, e da Policia Marítima, que tem como objectivo concertar posições.

Jorge Alves – presidente do sindicato do Corpo da Guarda Prisional – diz que irá sugerir um calendário concreto de acções.

"Dado este impasse", Jorge Alves propõe manifestações locais com todas as forças de segurança em Lisboa, Coimbra e Porto (frente aos Governos Civis) já na semana de 11 de Fevereiro.

Na semana seguinte "se nada for feito", haverá manifestação nacional e, se o impasse se mantiver, dias 27 e 28 de Fevereiro e 1 de Março, "haverá greve nacional do Corpo da Guarda Prisional".

A ameaça foi deixada ao inicio da tarde, à margem da tomada de posse da nova direcção da ASPP – a Associação Sindical dos Profissionais da PSP.

PC/Celso Paiva Sol/RR


Na Polícia Marítima, continuamos a aguardar que o Dr. Severiano Teixeira se digne a receber dirigentes desta associação, onde olhos nos olhos, nos diga o que o futuro nos reserva.
De entre muitos assuntos que gostaríamos de ver resolvidos ou pelo menos a caminharem para a sua resolução, salientamos este:
No próximo dia 29 de Janeiro chegam ao fim os nove meses de prazo que o tribunal cedeu à tutela para legislar sobre o horário normal de serviço. Até agora nada chegou ao conhecimento desta associação que demonstrasse qualquer vontade em resolver a questão.
Pergunta-se:
Será que o Governo está acima da Lei?
Será que o Governo não está obrigado a cumprir as emanações dos Tribunais?
É pois altura de nos unirmos aos camaradas das restantes FSS que integram a Comissão Coordenadora Permanente e dizermos presente e nos associarmos às acções de luta que com a CCP levaremos a cabo no próximo mês de Fevereiro

NÃO FALTES!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008


O Natal é a época de eleição dos povos ocidentais.
Momento de desejável Paz e Harmonia.
Ocasião para recordarmos aqueles que, para sempre ausentes, a sua companhia em Natais idos muitas alegrias connosco comungaram.
Mas porque a época é de festa e de alegria, não podíamos deixar de recordar a presença de todos quantos nos acompanharam neste ano que agora termina e que de alguma forma nos trouxeram até aqui.
Porque desejamos, no próximo ano continuar, a desfrutar da vossa inestimável companhia e sabedoria, vimos mais uma vez jurar os nossos votos à amizade que nos une.
A todos os profissionais da Polícia Marítima, Amigos e Colaboradores bem assim como respectivas Famílias
Um Santo e Feliz Natal
E
Um Ano de 2009, repleto de saúde e felicidade.
A Direcção Nacional