quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dificuldades da Polícia Marítima Nacional preocupam Verdes


 Marta Marques


Os problemas e dificuldades da Polícia Marítima nacional foram recentemente questionados ao Governo, através do Ministério da Defesa Nacional, pelo Grupo Parlamentar Os Verdes

A falta de efectivos, a sobrecarga de horário dos agentes e as dívidas do abono de fardamento desde 1966 a 2005 foram alguns dos problemas detectados pelos Verdes, na sequência de uma audiência com a Associação Socioprofissional da Polícia Marítima.

A questão foi entregue na passada semana por José Luís Ferreira, deputado do partido, que admitiu à Miróbriga querer saber se estão a ser equacionadas medidas para a resolução destes problemas e se está prevista, num futuro próximo, a criação de uma lei orgânica para a Polícia Marítima.

Declarações de José Luís Ferreira sobre os problemas e dificuldades que a Polícia Marítima nacional atravessa.

Os Verdes esperam agora o esclarecimento do Ministério da Defesa Nacional.

Nota da ASPPM: onde se lê 1966 deve ler-se 1996.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Coordenação entre PSP e Polícia Marítima é "deficiente" - Comissão Coordenadora Permanente

Margarida Cotrim

"Lisboa, 08 jul (lusa) - O secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança considerou hoje "deficiente" a coordenação e cooperação entre a PSP e a Polícia Marítima nas praias.
Paulo Rodrigues disse à agência Lusa que é preciso desenvolver uma "coordenação eficaz" entre a PSP e Polícia Marítima (PM), nomeadamente nas intervenções que se fazem nas praias.
A cooperação entre as forças de segurança e a PM foi uma das questões colocadas na reunião entre o secretário geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, e uma delegação do CCP, estrutura que congrega os sindicatos e as associações profissionais mais representativas dos serviços e forças de segurança.
Paulo Rodrigues, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), adiantou que a coordenação entre a PSP e a PM é "neste momento muito deficiente", ao contrário do que acontece com a Polícia Judiciária, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
"Por uma questão quase cultural ou de tradição não se faz essa cooperação" entre a PSP e a PM, sustentou.
Coordenação que "tem que existir" nos dias de hoje, uma vez que segundo o sindicalista, as duas polícias têm que atuar em conjunto devido aos "poucos recursos humanos" da PM para "garantir o policiamento eficaz das praias".
De acordo com Paulo Rodrigues, a área de intervenção da PM é no areal da praia, atuando a PSP apenas quando é chamada, o que tem acontecido "sempre" ultimamente porque a PM "não tem o efetivo suficiente para ocorrer a uma situação mais grave".
Daí, sustentou, "é importante que a PSP e a PM quando têm que intervir em conjunto possam fazê-lo de forma coordenada, mais à vontade e com mais confiança".
O presidente da CCP considerou ainda que se registou "uma evolução muito importante" ao nível da troca de informação, articulação e cooperação entre os diferentes serviços e forças de segurança, mas defendeu que é preciso "melhorar".
A CCP integra a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) e Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASF-ASAE).
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo ortográfico ***"

«Condições orçamentais» não permitem despesa com Polícia Marítima»

Ministro da Defesa diz que não há mais dinheiro para aquela força. Sindicato queixa-se de falta de efectivos

O ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, afirmou que as «condições orçamentais» actuais não permitem aumento de despesa com a Polícia Marítima, frisando no entanto que a população «pode confiar» naquela força.

Questionado pela Lusa sobre a reclamação de mais efectivos para a Polícia Marítima feita pela Associação Sócio Profissional daquela força, Santos Silva afirmou que «as condições orçamentais do país não permitem o nível de despesa que noutras circunstâncias seria possível fazer».
«A autoridade marítima portuguesa tem-se destacado pela eficiência com que gere recursos que todos sabemos que são escassos», afirmou ainda.
O ministro acrescentou que «todos aqueles que são agentes da Polícia Marítima destacam-se pelo empenho, a dedicação e o profissionalismo que colocam no exercício da sua actividade» e que «os portugueses e portuguesas podem estar descansados e confiar na sua Polícia Marítima».
O presidente da Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) disse que há falta de efectivos desta polícia para «vigiar e garantir a segurança nas praias», defendendo um reforço do número de elementos.
Para Jorge Veloso, os efectivos actualmente existentes [513 agentes] é «manifestamente insuficiente», motivo pelo qual já foi solicitado ao Ministério da Defesa um reforço de 2500 elementos.
«Desde 1996 que não houve qualquer aumento de efectivos e basta olhar para o fluxo de gente nas praias agora e de há 10 anos atrás. É muito maior, por isso é inadmissível que não haja um reforço», sustentou.

in http://diario.iol.pt/sociedade/policia-maritima-defesa-ministro-tvi24-ultimas-noticias/1176064-4071.html

Polícia Marítima quer mais efectivos nas praias

ASPPM - 
NOVO EMBLEMA DA ASSOCIAÇÃO - 2 - dpi.png 

ASPPM já solicitou ao Ministério da Defesa um reforço de 2500 elementos para «vigiar e garantir a segurança» 

 

O presidente da Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) disse esta quarta-feira que há falta de efectivos para «vigiar e garantir a segurança nas praias» e defendeu um reforço do número de elementos.
Depois dos incidentes registados no dia 4 de Julho na praia do Tamariz, no Estoril, em que houve confrontos entre grupos, que provocaram o medo entre os banhistas, Jorge Veloso considerou que «a responsabilidade [da Polícia Marítima] nestes casos é semelhante à das restantes forças de segurança».
«O grande problema é a falta de efectivos que, nesta altura do Verão, são insuficientes para vigiar e garantir segurança nas praias», afirmou o responsável.
Para Jorge Veloso, o efectivo actual de 513 agentes é «manifestamente insuficiente», motivo pelo qual já foi solicitado ao Ministério da Defesa um reforço de 2500 elementos.
«Desde 1996 que não houve qualquer aumento de efectivos e basta olhar para o fluxo de gente nas praias agora e de há 10 anos atrás. É muito maior, por isso é inadmissível que não haja um reforço», defendeu.
Reportando-se ao incidente de domingo, na praia do Tamariz, o presidente da ASPPM disse tratar-se de «um caso pontual», mas que merece «atenção e reforço».
Mas o responsável alertou que, «para reforçar os agentes da Polícia Marítima no comando de Cascais, teríamos de desproteger outro comando». «E isso também não pode acontecer», rematou. 

in http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/seguranca-praias-policia-maritima-tamariz-estoril-tvi24/1175936-4201.html

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Facadas e tiros no areal da Linha de Cascais

Cristiano Pereira

Dois grupos de jovens envolveram-se ontem em confrontos nas praias do Estoril e provocaram o pânico no areal e nas esplanadas. Ao JN, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, António Capucho, criticou a falta de reforço no policiamento da costa de Cascais.
Tudo terá acontecido entre dois grupos aparentemente rivais que se cruzaram, ontem, na praia do Tamariz, no Estoril.  Por razões que se desconhecem, de manhã e à tarde houve agressões mútuas, facadas e tiros. O pânico instalou-se de imediato: os clientes de uma esplanada protegeram-se debaixo de mesas e dezenas de pessoas abandonaram a praia. Quando a  polícia apareceu já era tarde. “Quando lá chegámos não conseguimos interceptar os indivíduos”, disse, ao JN, uma fonte da Polícia Marítima.
“Este incidente veio revelar que não houve um sério cuidado por parte das entidades competentes,  como o Ministério da Administração Interna, para reforçar a segurança nas praias e no passeio marítimo durante a época balnear”, disse, ao JN, António Capucho. 
O autarca lembrou que “nos últimos 15 dias houve vários incidentes gravíssimos nos comboios da linha de Cascais” e que “tudo apontava para que num dia como o de hoje [ontem] os mesmos gangs viessem para Cascais como é seu hábito – e vieram”.
Capucho recusou dizer a quantidade de polícias que gostaria de ver a patrulhar as praias do seu concelho, justificando que isso é matéria da competência do Ministério e da PSP, mas mostrou-se bastante crítico com o número de apenas quatro moto-patrulhas a zelar pelas praias todas. “Como deve calcular não servem para este tipo de incidentes”, comentou.
A autarquia de Cascais emitiu um comunicado onde exige que “o senhor ministro da Administração Interna venha imediatamente a Cascais reunir com a direcção nacional da PSP, as forças policiais locais (incluindo a Polícia Marítima) e a Câmara, a fim de analisar a situação e tomar as medidas de emergência que se impõem”.
O episódio de ontem “revela a negligência do Governo em matéria de segurança”, lê-se no mesmo documento.
Ontem, o CDS-PP exigiu que o ministro Rui Pereira dê explicações ao país relativamente a estes incidentes. ?O senhor ministro da Administração Interna deve uma explicação ao CDS, que perguntou atempadamente, mas sobretudo ao país?, disse o deputado Nuno Magalhães, para quem estestes episódios são ?sinais claros que a criminalidade em Portugal está mais violenta, mais grupal, mais organizada e com consequências mais preocupantes?.